Transcrição – Episódio Infância e consumo (LE1) 

[00:00:01] 

Locutor: Esse podcast apresenta recursos de acessibilidade. Acesse labpp.unb.br. 

[00:00:04] 

[Campainha] 

[00:00:08] 

Renata, entrevistada: Ao não distinguir, ao não compreender que um conteúdo publicitário, por exemplo, está disfarçado de entretenimento, a criança tem muito menos resistência àquele discurso. 

[00:00:22] 

[Vinheta Bossa Nova com estética de rádio e a palavra Labiar sendo repetida diversas vezes] 

[00:00:33] 

Álisson e Taís, entrevistadores: Olá! 

[00:00:34] 

Álisson: Eu sou Álisson Teotônio.

 

[00:00:36] 

Taís: E eu sou a Thais Galante. E esse é o Labiar, o podcast em comemoração aos 20 anos do Laboratório de Publicidade e Propaganda da UnB. 

[00:00:43] 

Álisson: Hoje vamos labiar sobre como o TikTok passou a ser o centro das estratégias publicitárias a fim de atrair as crianças para o mundo consumista. 

[00:00:51] 

Álisson: E no episódio de hoje, pra termos um maior aproveitamento do tema, vamos entrevistar Renata Tomaz, professora e pesquisadora no campo de infância e mídias digitais, e Beatriz Beraldo, professora e pesquisadora no campo de Práticas de Consumo. 

[00:01:04] 

[Campainha] 

[00:01:06] 

Álisson: Sim, gente. O TikTok vai muito além daquelas dancinhas com a música do momento. Nessa plataforma estão presentes coisas que muitas vezes nós não percebemos, mas somos persuadidos em certo grau. E a publicidade infantil é uma delas.

[00:01:20] 

Taís: Isso mesmo! É inegável o sucesso que o TikTok adquiriu mundialmente nesses últimos anos. Seu formato prático de postar e compartilhar conteúdos do tipo curtos, trashes e criativos é, certamente, a principal razão da quantidade de usuários presentes nele, incluindo nossas crianças e jovens adolescentes ainda em processo de socialização. 

[00:01:40] 

Álisson: Inclusive, no segundo semestre de 2022, a Tiki Kids Online Brasil informou que o TikTok é a principal rede social utilizada por crianças entre 9 e 12 anos de idade no país. O curioso é que, em teoria, as plataformas digitais como o TikTok não aceitariam usuários com menos de 13 anos de idade, né? Mas é claro que com esse sucesso do TikTok, o mundo da publicidade e da propaganda encontraria ali uma oportunidade marota para aplicar suas estratégias de persuasão e de vendas. 

[00:02:10] 

Taís: Meio que todo mundo já sabe que o conceito de infância vem mudando com o tempo, ganhando outros significados mais aprofundados e um grau maior de importância dentro do nicho familiar. Com o centro do grupo familiar sendo agora na contemporaneidade a própria criança, sua opinião se torna imponente, podendo ela até mesmo ditar o que seus pais vão comprar e, assim, presentear esse seu eu consumidor mirim. As

crianças hoje já nascem com o celular nas mãos. Por isso, usar tecnologia é tão fácil para essas novas gerações. Esse acesso às informações e conteúdos, que pode ser quase 100% livre, também requer um pouco de atenção com uma grande parcela de influência e manipulação que nem sabemos extinguir se resume a consumo, mas que pode, em determinados momentos, passar a ter viés ideológico. 

[00:02:54] 

Álisson: Às vezes a gente se depara com um vídeo no TikTok e nem sabemos distinguir se aquele conteúdo é de puro entretenimento ou se é uma abordagem de venda maquiada. Imagina então as crianças? 

[00:03:05] 

Taís: Exatamente. Porque a publicidade infantil já é proibida por lei. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a publicidade é abusiva quando se aproveita da inocência de julgamento e inexperiência da criança. E uma criança não tem condição de entender o estímulo ao consumidor da publicidade e seus reais objetivos, sobretudo quando ela está imersa na tela de um celular. 

[00:03:26] 

Álisson: E nessa frequência, vamos falar com Renata Tomaz, professora na Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas e pesquisadora no campo de Infância e cultura digital. 

[00:03:36] 

Álisson: Fala que eu te escuto, Renata! 

[00:03:38] 

Álisson: Como você avalia a influência do TikTok em cima dessas crianças e adolescentes que utilizam a plataforma no processo de inserção deles na sociedade de consumo? 

[00:03:48] 

Renata: Então, eu não, você deve ter visto né, eu não sou uma pesquisadora do TikTok. Então, eu não sou uma [risada]. Eu não produzo, eu não tenho pesquisas especificamente sobre a relação das crianças e adolescentes com o TikTok. As minhas pesquisas são mais voltadas para relação com o YouTube. Então, nesse sentido, eu consigo fazer uma conexão porque são plataformas que exploram os conteúdos audiovisuais e também esses públicos. 

[00:04:13] 

Renata: Quando a gente fala de influência, e sua pergunta é especificamente no processo de inserção da sociedade consumista, a gente tem que entender que essa é uma relação anterior a internet. Quer dizer, as crianças não são interpeladas pelos atores do mercado em busca de uma prática de consumo por parte delas, por conta da internet. Isso é anterior a elas. Então, em que medida que a inserção e a presença delas nessas plataformas, quais seriam, por exemplo, as especificidades dessa influência, dessa relação no âmbito das plataformas. 

[00:04:59] 

Renata: Eu diria que essa influência, ela tem um alcance muito maior na medida em que as crianças estão extremamente imersas nesses ambientes, né? Então, a pervasividade da internet, a conectividade o tempo todo, diferente de a criança chegar da escola, ligar a televisão e assistir um programa que estava cheio de merchandising também. Nesse caso, elas estão com dispositivos conectados o tempo todo na internet. Então elas estão expostas num tempo muito maior, sem precedente, aos conteúdos da internet e, consequentemente, aos conteúdos 

monetizados, patrocinados, e que trazem esses apelos. 

[00:05:45] 

Renata: Pra além disso, elas também sofrem a influência de uma… Elas também sofrem influência por conta de uma dificuldade que nós temos, incluindo as crianças, de distinguir os conteúdos. Porque muitas vezes esses conteúdos, eles, conteúdos sobretudo para crianças e adolescentes de entretenimento ou até mesmo educativos, com a tarja de educativos, eles na verdade são patrocinados. Então, ao não distinguir, ao não compreender que um conteúdo publicitário, por exemplo, está disfarçado de entretenimento, a criança tem muito menos resistência àquele

discurso, na medida em que ela entende que aquilo é uma brincadeira, que aquilo é uma conversa, que aquilo é uma música, que aquilo é uma diversão, um tutorial. E quando aquilo não está dado e isso acontece bastante, existe menos resistência. 

[00:06:45] 

Renata: Então, a gente pode falar de uma vulnerabilidade que não nasce na internet, mas que se manifesta de uma forma muito mais eficaz, não eficaz, mas essas práticas acabam sendo mais eficazes na internet na medida em que essa vulnerabilidade das crianças e dos adolescentes aumenta pelo alcance e pela dificuldade de distinguir conteúdos diversos de publicitário, uma vez que eles comumente não são desse modo identificados. 

[00:07:22] 

Álisson: Tendo em vista todo o formato e propósito do TikTok, né? Qual o principal dificultador, na sua opinião, para os próprios usuários da plataforma, incluindo até as crianças, em distinguir um conteúdo de infoentretenimento com um conteúdo que certamente é uma publicidade maquiada? 

[00:07:39] 

Renata: É justamente esses conteúdos não serem identificados e elas não poderem fazer essa… Tem uma pesquisa que foi feita em Portugal pela Lídia Marôpo e alguns orientandos dela e outros colegas que mostrou que as crianças ficam… O título do artigo é

alguma coisa assim “Lamento que você não diga quando não é publi- gostaria que me dissesse quando é publicidade” alguma coisa assim, o título do artigo. 

[00:08:09] 

Renata: E é uma fala de uma criança ou adolescente, não lembro, entrevistada na pesquisa e observado, né? Na verdade eu acho que não uma entrevista, mas acho que é um trecho de um comentário escrito “olha, eu gostaria, e aí é a criança ou o adolescente falando para o produtor de conteúdo. Gostaria que você me contasse quando for publicidade.” Por quê? Porque quando a gente sabe exatamente a intenção daquela pessoa que fala com a gente, a gente consegue dar uma resposta dentro daquilo que nos interessa, daquilo que nos atende. Quando a gente não sabe a intenção da pessoa que está 

falando com a gente, a gente fica vendido, literalmente, nesse caso. O que, assim, eu diria que a principal dificuldade é a da linguagem. A publicidade está se fazendo, né? Utilizando uma linguagem lúdica, a linguagem mesmo da própria plataforma, no caso, né, explorando as especificidades de uma linguagem audiovisual no digital, pra poder conversar com as crianças sem que elas percebam a real intenção. 

[00:09:21] 

Renata: Então, tem uma… Eu acredito que a gente precisa, para avançar nisso, desenvolver uma pedagogia mesmo nesse sentido. A gente tende a achar que a boa publicidade, né, e os publicitários tendem a convencer a gente disso, de que a boa publicidade é aquela que não se parece com publicidade. Quanto menos você achar que é uma publicidade, quanto mais você esquecer que ali alguém está tentando te vender alguma coisa, melhor. E não. A gente tem feito toda uma discussão, inclusive no PL 2630, cujo nome não é fake news. O nome é uma política de transparência, responsabilidade e liberdade são essas palavras chaves do PL. E ali está a transparência. 

[00:10:08] 

Renata: Então, eu penso que a maior dificuldade é o fato de a publicidade ainda não ter entendido que nós estamos em um momento em que é fundamental as intenções, os objetivos serem claros. Não é mais tempo, não é mais época de se disfarçar, mas é época de, mas momento de, hora de assumir o que você faz. Você está vendendo seu produto, você está oferecendo seu serviço, você está promovendo a sua marca e isso precisa, está dado. 

[00:10:41] 

Álisson: Apesar da política do TikTok dizer que o aplicativo é indicado apenas para maiores de 13 anos, vemos como a rede é famosa entre pessoas abaixo dessa idade, né? E qual o papel dos pais, da plataforma e dos usuários nisso?

 

[00:10:58] 

Renata: Então, esse é um dispositivo legal que as plataformas utilizam baseado na definição de criança dos Estados Unidos. Então, nos Estados Unidos, as crianças são os menores de 13 anos, porque os Estados Unidos não são signatários da Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças e das Infâncias, que reconhece como crianças menores de 18 anos. 

[00:11:24] 

Renata: Então, essa idade é escolhida nesse contexto, utilizando nessa marcação estadunidense, que na verdade não exime as plataformas da sua responsabilidade de garantir segurança para os menores de 13 anos. Dizer que a plataforma não foi desenhada para os menores de 13 anos não tira a responsabilidade de proteger essas crianças. Porque, imagina. Eu gosto muito desse exemplo. Imagina que você não tem filhos, você mora numa casa e todo mundo mora com você, Ninguém tem filho ali, não tem criança e não vive uma criança ali, mas uma criança entrar ali. Todo mundo que está ali é responsável por ela, porque é isso que garante a nossa Constituição, que toda a sociedade é responsável pelo melhor interesse da criança, pela sua proteção absoluta e prioritária. 

[00:12:18] 

Renata: 

Então, independentemente de aquele espaço ser desenhado ou

não para crianças, ele precisa oferecer essas condições protetivas. Então, as plataformas têm essa responsabilidade, embora elas tentam se comportar como se não estivessem. A segunda coisa que a gente precisa considerar é que quando elas dizem isso, mas elas permitem a circulação de conteúdos que interessam e que, em grande medida, são voltados para as crianças. Elas estão assumindo essas audiências. Elas estão literalmente assumindo que conversam com as crianças, que interpelam as crianças, que são interlocutoras das crianças. 

[00:13:00] 

Renata: Então, na prática, sim, elas falam com as crianças, elas reconhecem essa presença. Nesse sentido, eu acho importante fazer essa ponderação para a gente não achar que os pais são os únicos responsáveis para garantir que as crianças não estejam ali. Não, não tem como elas não estarem ali, porque as plataformas, elas oferecem e elas se tornaram não feras, mas se tornaram espaços de sociabilidade, de conversação pública, ainda que sejam propriedade de grandes corporações, ainda que sejam espaços corporativos privados, domínios comerciais. Mas elas estabelecem relações de sociabilidade. 

[00:13:48] 

Renata: Uma conversação pública a qual nós, no nosso caso, constitucionalmente, temos direito, temos acesso, temos direito a comunicação, nós temos direito à informação. Isso não exclui as

crianças, ao contrário, as inclui. Então, a questão não é que elas devam estar fora dali e nem que apenas os seus pais devam prestar atenção no que elas fazem. É responsabilidade, sim, dos seus responsáveis, sejam eles pais, mães, tios, avós, seja lá quem for que tiver responsabilidade sobre aquelas crianças e adolescentes, fazer a sua supervisão. Sem dúvida, mas não apenas deles. 

[00:10:58] 

Renata: É responsabilidade da sociedade, do governo, do Estado. E o Estado participa regulamentando, criando políticas públicas de acesso qualificado, prioritário para as crianças e as próprias plataformas, os seus anunciantes, aquelas empresas que estão ali se propondo a conversar com as crianças, a alcançar. Então, quando a gente fala de responsabilidade, a gente realmente fala de muitos entes, de múltiplos e diferentes entes que têm essa responsabilidade de garantir o melhor interesse da criança e a sua prioridade absoluta. 

[00:15:02] 

Álisson: É, o TikTok é algo que a gente precisa ter mais atenção. 

[00:15:05] 

Taís: Sim, Álisson! E a gente consegue até olhar para um outro ponto agora: a questão da influência que a criança tem na hora da escolha, decisão de compra dos pais.

 

[00:15:15] 

Taís: Para falar um pouco sobre isso, trouxemos a professora Beatriz Beraldo, do curso de Publicidade e Propaganda aqui da UnB. 

[00:15:22] 

Taís: Professora, para a senhora, quais são as particularidades no tratamento da publicidade infantil em comparação a publicidade no geral? 

[00:15:30] 

Beatriz, entrevistada: Bom, na publicidade infantil é necessário considerar que a criança ainda tem um pouco mais de dificuldade de separar o ficcional do que é um produto de publicidade. Eu acho que os principais aspectos são observar os relatórios técnicos do Instituto Alana e dos institutos que pensam e regulamentam a publicidade infantil, que tem que ter uma atenção especial. 

[00:15:59] 

Taís: Como você acha que a não cultura de um letramento transmídia para as crianças influencia a não capacidade em distinguir até onde determinado conteúdo se encaixa no âmbito de entretenimento e outro como uma publicidade mascarada? 

[00:16:13] 

Beatriz: Essa pergunta é bem interessante porque ontem mesmo

eu estava lendo um texto que tinha uma proposição que eu achei muito assim provocadora, que é a ideia de que não existem nativos digitais, que agora não é uma categoria que todo mundo comenta. Mas a proposição do texto versava da seguinte maneira: que ninguém é nativo de uma cultura, a gente tudo é tudo dentro da cultura e aprendizado, até mesmo a própria língua. 

[00:16:41] 

Beatriz: A gente nasce com a capacidade de adquirir um idioma, uma linguagem. Mas se eu nasci no Brasil e com meses me mudarem para a Colômbia, eu vou falar espanhol. Então, tudo dentro da cultura é aprendizado, de modo que não dá para dizer não dá para pensar em nativos digitais, É preciso alfabetizar as pessoas no digital, mesmo aqueles que nasceram num contexto onde o digital já é imperativo. 

[00:17:07] 

Beatriz: Desse modo, ou com esse pensamento, é importante que as crianças e todos, por que estamos imersos nessa cultura tenham a oportunidade de um letramento digital, de compreender as lógicas que organizam essa cultura, tanto as lógicas algorítmicas quanto as lógicas corporativistas e geopolíticas, né? A gente sabe que entre TikTok e Instagram tem uma questão geopolítica entre os Estados Unidos e China e que a criança e o adulto, muitas vezes o usuário não está observando.

 

[00:17:41] 

Beatriz: Então, do ponto de vista específico da publicidade, eu acho que tem que ter um letramento, que é observando a mídia em que essa publicidade está, porque, em certa medida, o contrato tácito que a gente estabelece com a televisão, no sentido de que que você sabe que vai vir uma mídia de interrupção e que essa mídia de interrupção e publicidade e que, por ser publicidade, tem um conteúdo fantástico. 

[00:18:08] 

Beatriz: Então, aquela história que a gente comenta na disciplina que passa o Veja no chão está em florzinhas do chão e tal, e que isso é, em certa medida, autorizado pela cultura do consumo, dentro dessas plataformas onde não há mídia de interrupção, ou seja, onde a publicidade é conteúdo, também fica mais difícil tanto para a criança quanto para o adulto fazer essa distinção. 

[00:18:30] 

Beatriz: Eu observo também que teve um certo prejuízo. Eu não sei se essa é a palavra mais precisa, mas no fato de que a publicidade de mídia, de interrupção de televisão infantil foi tão restringida, se tornou tão restrita. E por razões que se confirmam nos relatórios do Instituto Alana. Mas gerou um efeito colateral que é, as televisões abertas abriram mão da programação infantil. Então não tem anunciante infantil, não tem programação infantil. E aí as crianças, sobretudo as crianças de uma camada de classe mais baixa, foram acessar conteúdos do YouTube. E o YouTube é

um terreno, me parece, como mãe e como pesquisadora, é mais perigoso do que ver uma publicidade da Barbie no intervalo do Globinho. 

[00:19:24] 

Taís: É importante salientar que, apesar de neste episódio tratarmos especificamente de publicidade infantil e como devemos lidar com ela, nós adultos, não estamos isentos de seus efeitos. Vivemos em uma sociedade capitalista que sempre busca a produção e o consumo. 

[00:19:39] 

Taís: E seguindo nessa linha, tivemos uma fala bem interessante da professora Beatriz. Fala que eu te escuto, Bia. 

 

[00:19:46] 

Beatriz: Eu me lembrei agora de uma frase do Baudrillard que eu li já faz tempo, mas que fica ressonante na minha cabeça porque o Baudrillard, um provocador, Então o texto deles a gente sempre recupera para coisas que não eram o destino original. Então, nesse texto ele fala que eu acho que é o Simulacros de Simulações. Ele fala que a Disney existe para a gente fingir que a gente é adulto do lado de fora.

 

[00:20:10] 

Beatriz: E como eu disse, isso não tem necessariamente nada a ver com o nosso tema, mas me faz pensar que eventualmente a gente está muito preocupado com as crianças. É muito cioso de que elas não se tornem os consumistas que nós já somos. Então, na verdade, essa discussão sobre o TikTok é uma discussão de todos. É claro que tem a vulnerabilidade da criança, mas é importante pensar isso que a gente cuida da criança, achando que a gente já sabe muito sobre o tema. Mas a verdade é que a gente também não sabe. 

[00:20:44] 

Taís: Então, além de educarmos midiaticamente nossas crianças e adolescentes, é importante que eduquemos a nós mesmos a fazer uma leitura atenta à mídia, de maneira a conseguir agir com responsabilidade diante das informações que nos são apresentadas. 

[00:20:57] 

[Bossa nova ao fundo com uma voz feminina em eco dizendo “Atenção! Isso não é uma publi!” com efeitos de rádio sintonizando no final] 

[00:21:05] 

Álisson: Estamos chegando no final do nosso episódio e agora vamos partir para o bloco. Isso não é público, que é o momento para indicar qualquer coisa relacionada a comunicação que a

gente curte. Taís vai falar na sua indicação enquanto eu pensar na minha. 

[00:21:18] 

Taís: Bom, isso não é uma publi, mas eu vou indicar um documentário que tem super a ver com o tema desse nosso episódio. Ele se chama Criança a alma do Negócio e apresenta efeitos negativos da exploração comercial infantil e também a influência que os filhos têm no consumo familiar. 

[00:21:33] 

Álisson: Ai, adorei amiga! Não conhecia mais Massa que faz referência direta com o conteúdo. A gente tava falando aqui, né? 

[00:21:39] 

Taís: Sim, total. Mas e você, Alisson. Vai indicar o quê? 

[00:21:44] 

Álisson: Então, véi. Vou indicar uma coisa que não tem tanta ligação com o episódio. É um perfil lá do Instagram voltado para um conteúdo só de design de tipografias. O arroba é @youaretypography, você é tipografia em inglês, sabe? E eu sou viciado nesse perfil, tipo muito mesmo, as artes de lá são muito lindas.

 

[00:22:00] 

Taís: Nossa, adorei! Com certeza vou dar uma conferida mais tarde. Mas então é isso, acabou o nosso episódio. Passou tão rápido, né? 

 

[00:22:08] 

Álisson: Então é isso gente, Obrigado por ouvir o nosso Labiar e até o próximo episódio. 

[00:22:14] 

[Vinheta de jazz animada com efeitos de rádio no final] 

 [00:22:28] 

Locutor: Laboratório de Publicidade e Propaganda, publicidade em todos os sentidos.

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